Vegetarianismo – Uma escolha de saúde e sustentabilidade


Recente pesquisa do Ibope revelou que o número de vegetarianos no Brasil quase dobrou em 6 anos. Hoje 30 milhões de brasileiros declaram ter feito a escolha de tirar a carne do prato e seguir uma vida mais saudável.

Além disso, 63% dos brasileiros querem reduzir o consumo de proteína animal já preocupados com o bem-estar e a saúde, o que inclui aqueles com algum grau de intolerância à lactose – que já atinge 70% dos adultos brasileiros. Por isso, o mercado de produtos vegetarianos crescerá numa faixa de 40% ao ano.

A pesquisa do IBOPE Inteligência mostra ainda o crescimento rápido no interesse por produtos veganos (ou seja, livres de qualquer ingrediente de origem animal) na população em geral: mais da metade dos entrevistados (55%) declara que consumiria mais produtos veganos se estivessem melhor indicados na embalagem ou se tivessem o mesmo preço que os produtos que estão acostumados a consumir (60%). Nas capitais, esta porcentagem sobe para 65%.



O salto surpreendente no número de pessoas que exclui alimentos de origem animal de seu cardápio reflete tendências mundiais consolidadas de busca por uma alimentação mais saudável, sustentável e ética. Por um lado, o reconhecimento dos benefícios de uma alimentação vegetariana para a saúde é cada vez maior, com grandes organizações - como a Organização Mundial de Saúde - se pronunciando sobre os riscos do consumo elevado de carnes. Por outro lado, o crescimento no número de pessoas que opta por excluir as carnes e derivados do cardápio, ou reduzir seu consumo, é impulsionado pela preocupação crescente da população com os impactos de seus hábitos de consumo. Dentre estas, estão as preocupações com o impacto ambiental e a indignação com as condições de vida impostas aos animais usados nos processos de produção.

Para se ter uma ideia, a pecuária representa uma das atividades humanas mais impactantes para o meio ambiente, consumindo grandes quantidades de água, grãos, combustíveis fósseis, pesticidas e drogas. Esta atividade é também a principal causa por trás da destruição das florestas tropicais e outras áreas naturais, além de grande responsável por outros impactos ambientais, como a extinção de espécies, erosão do solo, escassez e contaminação de águas, desertificação, poluição orgânica, efeito estufa etc.

Muito além de uma escolha de alimentar,  o vegetarianismo auxilia na proteção das florestas e áreas naturais 

Uma alimentação exclusivamente vegetariana é compatível com a manutenção de florestas e outras áreas naturais, por otimizar o processo produtivo e não demandar grandes quantidades de recursos. Supondo uma população mundial vegetariana, seria suficiente o cultivo de terras com reconhecida aptidão para a agricultura. Desta forma, não haveria demanda pela irrigação ou pela exploração de novas terras, ficando estas reservadas para os ecossistemas naturais.

A escolha por uma alimentação sem carnes ou qualquer produto de origem animal não está restrita aos adultos. Cada vez mais adolescentes estão adotando dietas vegetariana ou vegana. Mais que uma decisão de parar de comer carne, eles buscam um novo estilo de vida que envolve a compaixão pelos animais e o engajamento com a sustentabilidade do planeta.

Nessa busca de identidade, quem pode ficar perdido são os pais na hora de orientar uma dieta adequada onde o jovem possa também fazer uma transição equilibrada de um tipo de alimentação para outro. Para suprir essa demanda uma dica é buscar acompanhamento nutricional para que essa escolha possa seguir de maneira equilibrada e saudável.



Fontes: 
https://www.svb.org.br/2469-pesquisa-do-ibope-aponta-crescimento-historico-no-numero-de-vegetarianos-no-brasil
https://www.svb.org.br/home/205-vegetarianismo/saude/artigos/17-vegetarianismo-e-conserva-ambiental http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/02/intolerancia-lactose-atinge-ate-70-dos-adultos-brasileiros.html).
https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2013/09/13/noticias-saude,193863/cada-vez-mais-jovens-vem-aderindo-ao-vegetarianismo.shtm


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